Careca do INSS teria ameaçado testemunha que acusa Lulinha de receber propina


Edson Claro Medeiros Júnior, ex-funcionário de Antônio Carlos Camilo Antunes — conhecido como Careca do INSS — relatou à Polícia Federal ter sofrido uma grave ameaça durante uma reunião com o lobista. Segundo seu depoimento, Antunes lhe disse: “Se você não me entregar os aparelhos e abrir a boca, eu vou meter uma bala na sua cabeça”. O relato foi formalizado em setembro deste ano, na 23ª Delegacia de Polícia de São Paulo, no bairro de Perdizes.

Na ocasião, Edson afirmou que Careca mantinha repasses mensais de R$ 300 mil a Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de um montante de R$ 25 milhões — valor cuja moeda não foi especificada nas investigações. Ele se apresentou como diretor-executivo da empresa World Cannabis, mas a investigação revelou que a sociedade pertence majoritariamente a Antunes (90%) e ao filho dele, Romeu Carvalho Antunes.

O encontro em que ocorreu a ameaça foi marcado pela advogada de Careca no dia 17 de junho deste ano. Edson relatou que o lobista queria que ele devolvesse celulares, notebooks e um iPad, sob a alegação de que os dispositivos continham informações sigilosas que poderiam comprometê-lo, já que estava sob investigação da PF. Antunes também teria dívidas pendentes com Edson.

Durante a conversa, o clima se acirrou: após ofensas e ameaças, Edson deixou a sala, mas Antunes o seguiu e repetiu a frase de efeito — segundo consta no inquérito. Edson respondeu que colaborava com a Polícia Federal e saiu do local. Até a data do depoimento, nenhuma das dívidas havia sido quitada.

O documento policial também ressalta que há divergências comerciais entre as partes, com disputas sobre a posse de bens, como veículos e outros ativos, o que teria contribuído para o conflito.

Fonte: metropoles

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