Na semana passada, a Polícia Federal deflagrou uma operação que desarticulou uma rede de corrupção com forte ligação ao Ministério da Educação, apontando o desvio de mais de R$ 100 milhões em recursos públicos. O esquema teria beneficiado prefeituras alinhadas politicamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com contratos direcionados a empresas ligadas aos envolvidos.
Entre os principais alvos estavam Carla Ariane Trindade, ex-nora do presidente, e Kalil Bittar, ex-sócio de seu filho mais novo. Segundo as apurações, o núcleo operacional seria comandado por André Gonçalves Mariano, empresário à frente de uma empresa voltada à tecnologia educacional, que teria obtido vantagens indevidas mediante pagamento de propinas.
O esquema se valia de licitações manipuladas, contratos inflacionados e estruturas de lavagem de dinheiro coordenadas por operadores financeiros. Documentos obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação indicam que Carla Ariane teria usado o nome de Lula para obter acesso ao MEC — embora sua passagem pelo gabinete do ministro Camilo Santana não conste nos registros oficiais.
A ascensão patrimonial de Mariano também chamou a atenção: de um patrimônio modesto de cerca de R$ 300 mil, ele passou a acumular bens de alto valor — imóveis, veículos de luxo e outros ativos — coincidindo com o período de retorno de Lula ao poder. Os suspeitos podem responder por diversos crimes, entre eles corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Até o momento, nem o presidente nem o ministro da Educação se manifestaram publicamente sobre o caso, o que tem alimentado questionamentos sobre a postura da cúpula do governo diante do escândalo.
Fonte: radardoceara
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