Na manhã desta terça-feira (02/09), parlamentares da bancada bolsonarista se reúnem na casa do líder da oposição na Câmara, Luciano Zucco (PL-RS), para discutir reações ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. O objetivo é articular uma resposta política e fortalecer pautas em defesa dos aliados.
A oposição pretende pressionar o presidente da Câmara, Hugo Motta, para que coloque em votação projetos como a anistia política e a PEC do fim do foro privilegiado. Também insiste na instalação da CPMI do Abuso de Autoridade, numa ofensiva contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Marcel Van Hattem (Novo) afirmou que seu partido continuará apoiando essas iniciativas.
Van Hattem criticou a morosidade na instalação da CPI, dizendo que há uma série de "ilegalidades" que justificam não apenas a anistia, mas também a anulação de processos. Segundo ele, o tema é pautado semanalmente e, agora, a pressão será intensificada para obter respostas concretas.
Após o fracasso da PEC da Blindagem, que visava proteger parlamentares de decisões judiciais, Motta foi questionado sobre o andamento dessas pautas. Em resposta, afirmou que a anistia será discutida "no tempo certo", ressaltando que as decisões são tomadas com serenidade no colégio de líderes, levando em conta o momento político e as necessidades do país.
Paralelamente, a oposição está definindo como acompanhará o julgamento de Bolsonaro. Está prevista uma grande mobilização para o próximo domingo, 7 de setembro, com manifestações em capitais como Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre. A ideia é gerar pressão popular e reforçar demandas como "Anistia Já".
