O déficit do setor público no Brasil — que inclui União, Estados, municípios e empresas estatais — atingiu R$ 968,5 bilhões nos 12 meses encerrados em julho de 2025, segundo dados do Banco Central divulgados no relatório “Estatísticas Fiscais”. Esse valor é o maior desde dezembro de 2024 (R$ 998,0 bilhões) e supera os R$ 894,4 bilhões registrados em junho, indicando crescente pressão nas contas públicas.
Um dos principais fatores para o aumento do déficit foi a alta nos gastos com juros da dívida, que somaram R$ 941,2 bilhões no período, equivalentes a 7,64% do PIB — um salto em relação aos R$ 869,8 bilhões dos 12 meses anteriores. Já o resultado primário, que exclui os juros, registrou déficit de R$ 27,3 bilhões.
A Dívida Bruta do Governo Geral subiu para 77,6% do PIB em julho, um aumento de 0,9 ponto percentual em relação a junho. Desde o início do governo Lula, essa relação cresceu 5,9 pontos percentuais, chegando a R$ 9,6 trilhões em julho.
Especialistas alertam que o crescimento contínuo do déficit e da dívida exige medidas urgentes de controle de gastos e responsabilidade fiscal. Sem ajustes, o cenário pode comprometer a estabilidade econômica e afetar a confiança de investidores no país.




