Na manhã desta quinta-feira, 13/11, um incêndio atingiu a subestação de energia do Hospital Geral Dr. César Cals, em Fortaleza, provocando a interrupção no fornecimento elétrico e exigindo a evacuação de pacientes — entre eles recém-nascidos e gestantes. Apesar da gravidade aparente, o fogo foi contido rapidamente, sem chamas visíveis, e os danos ficaram restritos à área técnica. A operação de remoção durou cerca de oito horas, com o apoio de moradores e equipes locais, e 270 pessoas foram realocadas com segurança.
O episódio reacendeu a memória de um incêndio histórico ocorrido há exatos 66 anos na mesma unidade, então chamada Casa de Saúde César Cals. Em 1959, uma explosão em um depósito de éter provocou um incêndio devastador, que ceifou mais de 25 vidas. Entre os envolvidos na tragédia, destacou-se o estudante João Nogueira Jucá, de apenas 17 anos, que, ao ouvir a explosão, correu para o local e entrou diversas vezes no prédio em chamas para resgatar pacientes, especialmente crianças.
Mesmo advertido por testemunhas, Jucá seguiu nos esforços de salvamento até ser atingido por uma explosão de um cilindro de oxigênio. Internado com ferimentos graves, ele veio a falecer no dia 11 de agosto daquele ano — data que, simbolicamente, coincide com o Dia do Estudante. Seu ato de coragem teve grande repercussão na época e inspirou diversas homenagens ao longo das décadas.
Hoje, ele é lembrado como herói estadual: foi nomeado o primeiro Bombeiro Honorário Militar do Ceará, tem seu nome em escolas, centros de saúde, unidades habitacionais e ruas. Um busto foi erguido em sua homenagem na Praça Capistrano de Abreu, e todos os anos, no aniversário de sua morte, é celebrada uma missa no hospital onde perdeu a vida. Sua trajetória permanece viva como símbolo de bravura e altruísmo.
Fonte: DN
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