O Brasil encerrou o mês com uma dívida pública bruta de R$ 8,145 trilhão, valor que acendeu novos alertas sobre a sustentabilidade fiscal durante a atual gestão de Luiz Inácio Lula da Silva. Somente nas últimas semanas, o montante subiu aproximadamente R$ 205 bilhões, impulsionado por maior emissão de títulos públicos e pelos juros ainda elevados, que elevam o custo de rolagem da dívida.
Diante desse cenário, o Tesouro Nacional ajustou para cima o teto do Plano Anual de Financiamento, fixando-o agora em até R$ 8,8 trilhões. A revisão indica que o governo já prevê encerrar o ano com um volume de endividamento acima do inicialmente estimado, sinalizando dificuldades em conter a expansão do passivo.
Economistas têm chamado atenção para os riscos dessa trajetória: além do crescimento nominal da dívida, há uma tendência de alongamento insuficiente dos prazos de vencimento e aumento dos encargos financeiros — fatores que tornam o perfil da dívida mais vulnerável a choques de mercado.
Outro ponto levantado por analistas é a concentração das operações junto a poucas instituições financeiras, que, segundo avaliação técnica, estariam se beneficiando diretamente do atual modelo de financiamento da União.
Apesar de o governo mencionar uma suposta “janela de oportunidade” para emissões favoráveis, o mercado reage com desconfiança. A falta de clareza sobre as medidas concretas para estabilizar ou reduzir o ritmo de crescimento da dívida contribui para a percepção de aumento do risco soberano.
Fonte: radardoceara
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