Há quase um ano, o prefeito eleito de Choró, Bebeto Queiroz, do PSB, desapareceu sem deixar rastros. Ele não compareceu à própria posse em janeiro de 2025, pois já havia um mandado de prisão expedido contra ele pela Justiça Eleitoral — que, até hoje, não foi cumprido e completa um ano em 2 de dezembro.
Investigações conduzidas pelo Ministério Público apontam que Bebeto é suspeito de envolvimento em esquemas de corrupção que incluem fraudes em licitações, uso ilegal de verbas públicas para financiar campanhas eleitorais e atuação em organização criminosa. Segundo documentos obtidos pela TV Jangadeiro, recursos de emendas parlamentares teriam sido desviados para abastecer candidaturas em múltiplos municípios cearenses, comprometendo a lisura do processo eleitoral.
A chapa vencedora, que tinha Bruno Jucá Bandeira como vice-prefeito, teve o registro cassado pelo TRE-CE. Apesar disso, novas eleições ainda não foram convocadas, já que o recurso aguarda julgamento final no TSE.
O promotor Ricardo Rocha destacou que, caso haja negligência comprovada por parte dos órgãos de segurança na captura do foragido, os responsáveis podem responder por prevaricação — crime que envolve omissão dolosa no exercício do cargo.
O caso veio à tona em novembro de 2024, após uma operação que resultou inicialmente na prisão temporária de Bebeto. Posteriormente, foi decretada sua prisão preventiva pela Polícia Federal, mas, desde então, ele segue desaparecido — e seu paradeiro permanece um mistério para as autoridades e para a população local.
Fonte: radardoceara
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