A megaoperação conjunta das polícias Civil e Militar nos complexos do Alemão e da Penha, realizada nesta terça-feira (28/10), levou à apreensão de 75 fuzis, segundo balanço parcial. Esse volume elevou para 668 o total de armas longas retiradas de circulação no Rio de Janeiro em 2025, estabelecendo um novo recorde histórico para o estado — superando os 593 fuzis registrados até setembro, que já eram o maior número desde 2007.
A ofensiva, voltada contra o Poder Paralelo, mobilizou cerca de 2,5 mil agentes e faz parte da Operação Contenção, estratégia contínua do governo estadual para conter a expansão territorial da organização criminosa. Além dos fuzis, foram apreendidas duas pistolas e nove motocicletas. A ação ainda estava em curso durante a última atualização dos dados.
O confronto teve desdobramentos trágicos: 64 pessoas morreram, incluindo quatro policiais — dois civis e dois militares do BOPE. Outras 81 pessoas foram presas, entre elas figuras centrais na estrutura do Poder Paralelo, como Thiago do Nascimento Mendes, o “Belão do Quitungo”, e Nicolas Fernandes Soares, identificado como operador financeiro de Edgar Alves de Andrade, o “Doca”.
Em retaliação, criminosos montaram barricadas em pontos estratégicos do Grande Rio, como a Linha Amarela, a estrada Grajaú-Jacarepaguá e a Rua Dias da Cruz, no Méier. Diante da escalada, o Centro de Operações e Resiliência elevou o nível de alerta para o estágio 2, e a Polícia Militar colocou todo o efetivo operacional nas ruas, suspendendo atividades administrativas.
O secretário de Segurança Pública, Victor Santos, destacou que a operação foi planejada com antecedência e executada exclusivamente com recursos estaduais. “São aproximadamente 9 milhões de metros quadrados de desordem no Rio de Janeiro. Essa é uma ação necessária, planejada, com inteligência, e que vai continuar”, afirmou.
Fonte: G1
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