Governo Lula reconhece risco de falta de recursos para serviços básicos a partir de 2027


O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em sua terceira gestão, já reconhece que, a partir de 2027, poderá enfrentar graves dificuldades financeiras capazes de comprometer serviços essenciais como saúde, educação e segurança pública. As projeções indicam que quase todo o orçamento será consumido pelo pagamento de aposentadorias, dívidas e juros, restando pouco ou nenhum recurso para investimentos em áreas fundamentais para a população.


Apesar de indicadores oficiais, como a taxa de desemprego — que caiu para 5,6%, o menor índice registrado pelo IBGE —, muitos cidadãos vivenciam uma realidade distante dessa aparente estabilidade. Embora a inflação acumulada em 12 meses esteja em torno de 5%, considerada dentro da meta, as famílias percebem aumento constante nos preços de itens básicos, como alimentos, transporte e energia, o que tem pressionado fortemente seus orçamentos.


A situação é agravada pela alta inadimplência, que atinge mais de 71 milhões de brasileiros — quase metade da população adulta. Entre as empresas, o cenário é igualmente preocupante: em 2024, foram registrados 2.273 pedidos de recuperação judicial, o maior número da série histórica e um salto de mais de 60% em relação a 2023. Em 2025, a crise econômica persiste, com milhares de negócios lutando para sobreviver diante de juros elevados, aumento de impostos e queda no consumo.


A dívida pública continua em ascensão, já comprometendo mais de 79% do PIB, e o déficit nominal para 2025 pode se aproximar de R$ 1 trilhão. Esse quadro combina juros altos, arrecadação em queda, empresas em dificuldades e famílias cada vez mais endividadas. As comparações com a crise da era Dilma Rousseff são inevitáveis, quando déficits crescentes, manipulação de preços por estatais e perda de confiança no governo levaram o país a uma recessão entre 2014 e 2016. Atualmente, com espaço fiscal limitado, o governo corre o risco de não conseguir manter o funcionamento básico da máquina pública.


Fonte: Radar Ceará
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