Uma comitiva com pelo menos 110 integrantes do governo federal e representantes de órgãos vinculados, como bancos públicos, viajou a Nova York para participar da 80ª Assembleia-Geral das Nações Unidas e eventos paralelos.
Dados do Portal da Transparência, atualizados até 24 de abril, mostram despesas de R$ 4,31 milhões apenas com a delegação que acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desse total, R$ 2,8 milhões foram gastos com hospedagem e R$ 1,5 milhão com aluguel de veículos. O Ministério das Relações Exteriores confirmou que essas despesas estão “em execução” e que a divulgação completa ocorrerá nos sistemas oficiais posteriormente.
Entre os integrantes da comitiva estão ministros de Estado, a primeira-dama Rosângela Lula da Silva (Janja) e o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT). Embora a lista oficial da comitiva presidencial de 2025 ainda não tenha sido publicada no Diário Oficial da União, a maioria dos participantes já teve autorização de viagem concedida. Também estiveram presentes representantes do Itamaraty, do Banco do Brasil, do BNDES e de outros órgãos federais.
Em 2024, o governo enviou 161 pessoas para o mesmo evento, incluindo oito ministros. No entanto, uma comparação detalhada entre os dois anos ainda não é possível, pois parte das informações sobre diárias e outras despesas pode levar meses para ser registrada no Portal da Transparência.
O Itamaraty é responsável por custear hospedagens e logística da comitiva. Em 2024, os gastos registrados chegaram a R$ 8 milhões, conforme dados repassados ao Congresso Nacional. Os altos custos da viagem atual têm gerado debates sobre o uso de recursos públicos em um contexto de restrições fiscais e a necessidade de justificativas claras para viagens internacionais de membros do governo.
