O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste sábado (30/08) o reforço das medidas de vigilância na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar em um condomínio no Jardim Botânico, em Brasília.
A decisão foi tomada após o procurador-geral da República, Paulo Gonet, enviar parecer contrário ao pedido da Polícia Federal (PF) de manter agentes dentro da casa de Bolsonaro em regime integral. Gonet defendeu, porém, o reforço da segurança nas proximidades da residência e na entrada do condomínio — medida aceita por Moraes.
Moraes determinou que a Polícia Penal do Distrito Federal realize monitoramento presencial na área externa da casa e nas divisas com imóveis vizinhos, considerados pontos de risco de fuga. Também autorizou vistorias em todos os veículos que saírem da residência.
As vistorias devem incluir inspeção de habitáculos e porta-malas, além do registro de veículos, motoristas e passageiros, com envio diário das informações ao STF.
Na próxima terça-feira (02/09), Bolsonaro e outros sete réus do núcleo 1 da chamada "trama golpista" serão julgados pela Primeira Turma do STF. Ele está em prisão domiciliar desde início de agosto, usando tornozeleira eletrônica, após descumprir restrições que proibiam compartilhar conteúdos de terceiros nas redes sociais.
Na semana passada, a PF encontrou no celular de Bolsonaro um documento de asilo político destinado ao presidente argentino Javier Milei, salvo desde 2024. A defesa afirmou que se tratava de um rascunho e negou qualquer intenção de fuga.
