Romualdo Sousa Barros foi condenado por homicídio triplamente qualificado do pesquisador Saúl Gaudêncio Neto e por tentativa de homicídio, também triplamente qualificada, contra Mariana Mota, em Fortaleza. O crime ocorreu em julho de 2024, quando as vítimas foram atraídas por ele para um local isolado. Romualdo trabalhava na Unifor e conhecia ambos.
Segundo o MPCE, Romualdo Sousa Barros matou o pesquisador Saúl Gaudêncio e tentou matar a nutricionista Mariana Mota por vingança, após atribuir aos dois suas frustrações profissionais. Funcionário antigo da Unifor, ele vinha sendo advertido por faltas e negligência. No dia do crime, atraiu as vítimas à fazenda da universidade sob falso pretexto e, ao pedir carona, surpreendeu-os com uma arma. Matou Saúl com um tiro na cabeça e feriu Mariana, que conseguiu fugir e foi socorrida.
Após o crime, Romualdo descartou a arma e tentou agir normalmente em casa. Quando foi confrontado pela companheira, confessou o homicídio. Ao ser abordado pela polícia, tentou se passar por outra pessoa, mas acabou revelando sua identidade após insistência dos agentes.
O MPCE denunciou Romualdo pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio triplamente qualificados, falsa identidade, receptação e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Durante o julgamento, ele alegou ter sofrido violência policial, mas a versão foi rejeitada pelos jurados. O réu foi condenado a 35 anos e seis meses de reclusão, mais três meses de detenção, além do pagamento de R$ 100 mil à família da vítima fatal e R$ 40 mil à vítima sobrevivente.
O Ministério Público recorreu ao Tribunal de Justiça na quinta-feira (31/07) para tentar aumentar a pena de prisão aplicada em uma sentença. O caso faz parte do Programa Tempo de Justiça, que visa julgar homicídios em Fortaleza em até 400 dias após o crime.
Fonte: CN7