O tenente-coronel Márcio Nunes Resende Júnior, réu na ação penal sobre a trama golpista, afirmou ao STF que o silêncio do Exército após as eleições de 2022 contribuiu para a radicalização dos manifestantes acampados diante dos quartéis. Segundo ele, a omissão da Força criou um “vácuo de poder” e foi um erro grave que poderia ter tido consequências sérias.
O tenente-coronel Márcio Resende Júnior, investigado por participação na trama golpista e integrante do grupo "kids pretos", afirmou ao STF que o silêncio da cúpula do Exército após as eleições de 2022 reforçou entre os manifestantes a falsa ideia de que haveria apoio militar a um golpe.
Segundo ele, a falta de posicionamento claro poderia ter levado à perda de controle caso Bolsonaro acionasse o artigo 142 da Constituição.
Ele negou que a reunião do grupo fosse golpista, dizendo que foi um evento informal e mal organizado, e alegou prejuízos financeiros com a organização. A PGR o acusa de integrar um núcleo militar que atuava para impedir a posse de Lula.
Fonte: oglobo