Os Estados Unidos oferecem uma recompensa de US$ 25 milhões pela prisão do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusado de liderar um cartel considerado terrorista pelo governo americano.
- Diosdado Cabello Rondón, ministro do Interior, Justiça e Paz, e considerado nº 2 do chavismo—recompensa de US$ 25 milhões (cerca de R$ 140 milhões);
- Vladimir Padrino López, ministro da Defesa —recompensa de US$ 15 milhões (cerca de R$ 84 milhões).
"O Cartel de los Soles é um grupo criminoso sediado na Venezuela, liderado por Nicolás Maduro Moros e outros membros de alto escalão do regime de Maduro (...) que corromperam as instituições do Estado venezuelano —incluindo setores das Forças Armadas, serviços de inteligência, Legislativo e Judiciário— para viabilizar o tráfico de drogas para os Estados Unidos", afirmou o Departamento do Tesouro americano em comunicado.
As acusações de terrorismo contra Maduro têm motivação política, já que os EUA não o reconhecem como presidente legítimo e o veem como um ditador. Entre os abusos apontados está a controversa eleição de 2024.
As acusações contra Maduro e o Cartel de Los Soles se baseiam em um decreto de 2001, assinado por George W. Bush após o 11 de Setembro. Esse decreto permite aos EUA bloquear bens, impedir transações e buscar apoio internacional contra indivíduos ou grupos considerados terroristas.
No caso de Maduro, porém, a designação como terrorista tem pouco efeito prático porque ele é blindado internamente e tem fortes aliados, como Rússia, China e Irã, países os quais o venezuelano pode viajar livremente.
As tensões entre EUA e Venezuela têm origem ideológica e começaram com a chegada de Hugo Chávez ao poder em 1999. Com a revolução bolivariana e críticas ao neoliberalismo, a relação se deteriorou. Antes disso, a Venezuela era um dos principais fornecedores de petróleo para os EUA.
Fonte: g1