Deputada federal criticou volume expressivo de filiações recentes e disse não saber "que PT vai sair das urnas" após processo interno
Lideranças do PT Ceará, o prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão; o governador do Ceará, Elmano de Freitas; e o ministro da Educação, Camilo Santana; ao serem indagados, neste sábado (5), responderam às declarações da deputada federal Luizianne Lins sobre não saber "que PT vai sair das urnas” após o Processo de Eleição Direta (PED) que ocorrerá neste domingo (6).
A fala da parlamentar, registrada na quinta-feira (3), ocorreu devido ao volume de filiações sentido na sigla após a Campanha Nacional de Filiações, que, de dezembro até fevereiro, somou 341 mil filiados recentes em todo o Brasil. O Ceará foi o segundo estado com maior número de adesões, com 39.373 registros, atrás somente do Rio de Janeiro. Luzianne é uma das críticas ao volume de novos petistas.
Para o chefe do Executivo municipal da capital, a etapa será definida pelo conjunto dos partidários. “É o PT que a grande maioria vai escolher, dos filiados. Acho que é normal toda e qualquer eleição, acho que tem que prevalecer a escolha da maioria, isso é a democracia”, disse Evandro.
A posição foi a mesma defendida pelo governador. “Sai o PT eleito pelas suas bases. Sai o PT eleito pelos seus filiados. Sai o PT, penso eu, muito unido para os enfrentamentos que precisamos fazer na sociedade”, ratificou Elmano ao PontoPoder, também considerando que o momento terá “grande participação”.
No entendimento do gestor do Estado, existem prioridades a serem encaradas pelos correligionários. “Acho que a coisa mais importante agora é nós discutirmos, são os desafios que o PT tem na nova conjuntura política do Brasil. No caso do Ceará, é o desafio de governar o estado, a capital, 48 municípios”, discorreu.
Ao mesmo modo, o titular do Ministério da Educação definiu qual legenda sairá da eleição direta. “Estamos numa democracia, é o PT da vontade da maioria dos filiados do PT, que tem o direito de escolher seus representantes”, indicou Camilo Santana.
Questionado sobre o contexto das declarações da deputada federal, o da onda de filiações e o reflexo dessas adesões no processo eleitoral interno, o ministro se absteve de responder. “Cabe a você questionar”, devolveu o político.
Fonte: DN