O ex-presidente disse que está sendo alvo de perseguição política
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou pela primeira vez nesta sexta-feira (18) sobre a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que mandou ele usar tornozeleira eletrônica e ficar sem redes sociais, e classificou o fato como uma "suprema humilhação". Bolsonaro ainda negou ter planos de fugir do Brasil para se esconder nos Estados Unidos, onde seu filho, Eduardo Bolsonaro, reside atualmente.
"A suspeita é que é um exagero. Já é a quarta busca e apreensão em cima de mim. Poxa, eu sou ex-presidente da república, tenho 70 anos de idade. É uma suprema humilhação", disse Bolsonaro. O político deu entrevista coletiva à imprensa em Brasília após colocar a tornozeleira.
Bolsonaro falou ainda sobre os 14 mil dólares encontrados em sua casa. Ele garantiu que tem recibo e que ia declarar o valor: "Eu sempre guardei dólar em casa". Ele não comentou, entretanto, sobre o pen drive encontrado na residência.
Novo inquérito
O militar reformado afirmou que vai à sede do Partido Liberal (PL) e que vai aguardar o desenrolar das decisões judiciais. Ele comentou que a tornozeleira faz parte de um novo inquérito, que não é sobre o golpe, mas sim contra seu filho, Eduardo Bolsonaro.
É um novo inquérito que estou também dentro dele. Mas o próprio inquérito do golpe é político. A própria PF não me botou no 8 de janeiro, mas a PGR foi além do que viu no inquérito e me colocou. Não tem prova de nada, não teve golpe, não teve armas. Foi um golpe de festim. Eu espero que seja técnico e não politico. No mais, nunca pensei em sair do Brasil. As cautelares são em função dissoJair BolsonaroEx-presidente
Veja as medidas cautelares impostas contra Bolsonaro
- uso de tornozeleira eletrônica;
- monitoramento 24 horas;
- permanecer em casa entre 19h e 6h, assim como nos fins de semana;
- não acessar as redes sociais;
- não se comunicar com o filho Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos;
- não falar com embaixadores, diplomatas estrangeiros e outros réus ou investigados pelo STF.
Fonte: DN