Nesta quinta-feira (04/12), a Lua atingirá sua fase cheia em um evento especial: a última Superlua de 2025. Nesse momento, o satélite pode parecer até 14% maior e cerca de 30% mais brilhante do que em uma Lua cheia comum — um efeito visual causado pela proximidade maior entre a Terra e o corpo celeste.
Isso ocorre porque a órbita lunar é elíptica, e não circular. Assim, em determinados períodos, a Lua se encontra mais próxima da Terra — no chamado perigeu — e, em outros, mais distante, no apogeu. A Superlua se configura quando a fase cheia coincide ou está muito próxima do perigeu. Neste mês, segundo o site InTheSky.org, o perigeu será atingido às 8h (horário de Brasília), e a Lua entrará em fase cheia por volta das 20h, com apenas cerca de 12 horas de diferença entre os dois eventos.
A distância média no perigeu é de aproximadamente 356 mil km, enquanto no apogeu ultrapassa os 406 mil km — uma diferença de cerca de 50 mil quilômetros, suficiente para gerar a impressão de tamanho e brilho aumentados, ainda que a variação nem sempre seja facilmente perceptível a olho nu. O astrônomo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA) e membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), ressalta que não há uma definição científica universalmente aceita para o termo “Superlua”, que tem origem mais popular — e até astrológica — do que estritamente técnica. Para muitos cientistas, trata-se de uma expressão mercadológica, embora útil para despertar o interesse do público pela astronomia.
Além do aspecto astronômico, a Lua cheia de dezembro carrega significados culturais variados ao redor do mundo. Segundo o Starwalk.space, os Mohawk a chamam de “Lua Fria”, em referência ao frio intenso do inverno no Hemisfério Norte — época em que o fenômeno coincide com o solstício, a noite mais longa do ano. Daí também surgem outras denominações, como “Lua da Noite Longa” e “Lua Antes de Yule”, ligada ao festival anglo-saxão de Yule. Já no Hemisfério Sul, onde dezembro é verão, nomes como “Lua de Morango” são mais comuns. Outras tradições trazem versões como “Lua Amarga” (China), “Lua de Carvalho” (Inglaterra medieval), “Lua de Neve” (Cherokee) e “Lua de Natal” (América Colonial). Apesar do caráter simbólico dessas designações, elas ajudam a manter viva a conexão entre céu, cultura e imaginação humana.
Fonte: olhardigital
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