Especialistas do setor econômico enxergam com cautela o horizonte dos próximos anos no Brasil. Segundo projeções do mercado, a taxa Selic — atualmente acima de 10% ao ano — só deverá voltar a ficar abaixo desse patamar em 2028, mantendo o país sob pressão de juros altos por um período prolongado.
Esse cenário dificulta o acesso ao crédito, desestimula investimentos privados e limita o potencial de expansão da economia. Paralelamente, a inflação tende a permanecer acima da meta estabelecida pelo Banco Central por bastante tempo, o que contribui para elevar o custo de vida e comprometer ainda mais o orçamento doméstico.
Diante disso, a trajetória de recuperação se mostra lenta e frágil, com impactos diretos na atividade produtiva e na criação de postos de trabalho. Muitos economistas descrevem a atual conjuntura como uma fase de “sobrevivência prolongada”, marcada por empresas em modo defensivo, famílias com alto endividamento e um país ainda distante de retomar um ciclo sustentável de crescimento após anos marcados por crises fiscais e políticas.
A perspectiva de melhora mais consistente só começa a ganhar corpo a partir de 2028 — e mesmo assim, condicionada a avanços efetivos no equilíbrio das contas públicas e à redução progressiva da taxa de juros. Enquanto isso não ocorre, a realidade do brasileiro comum seguirá marcada pela restrição no consumo e por um ambiente de incerteza econômica persistente.
Fonte: radardoceara
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