Uma comunicação formal foi enviada pela ONU ao governo brasileiro exigindo ações urgentes para sanar falhas identificadas durante a realização da COP30, em Belém. O ofício, assinado pelo chefe da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima, Simon Stiell, foi direcionado ao ministro-chefe da Casa Civil e ao representante brasileiro na cúpula.
O texto traz preocupações com a segurança do evento, especialmente após um grupo de manifestantes ter acessado sem autorização uma área de restrição máxima. A invasão, segundo o documento, superou a capacidade de resposta das equipes de segurança, causando ferimentos, prejuízos materiais e evidenciando falhas significativas no esquema de proteção do local.
Outra ocorrência citada foi um novo ato protesto, ocorrido no dia seguinte, em um espaço que deveria estar isolado. A carta aponta deficiências como ausência de vigilância em entradas, equipes insuficientes, demora nas reações e falhas no fechamento do perímetro, que deveriam ser de responsabilidade conjunta das forças de segurança federal e estadual.
Além dos riscos à integridade física, foram relatados problemas estruturais que comprometeram o funcionamento do evento. Ambientes com temperatura elevada, sistemas de ar-condicionado ineficazes, infiltrações por causa da chuva e riscos elétricos devido à proximidade com água foram mencionados. Representantes de países relataram dificuldades operacionais em locais inadequados para o trabalho.
A ONU solicitou que o Brasil apresentasse um plano claro com as ações já adotadas e as próximas etapas de correção, e que essas informações fossem compartilhadas rapidamente com as delegações participantes.
Por sua vez, a Casa Civil respondeu que as recomendações estão sendo implementadas, com reforço contínuo na segurança em parceria com o órgão da ONU responsável pela proteção. Também esclareceu que os incidentes hídricos não configuraram alagamentos, mas goteiras localizadas, decorrentes de danos em calhas, já sanados.
Fonte: diariodequixada
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