Conheça os influenciadores contratados para promover o governo Lula


O governo federal, sob a presidência de Lula, tem intensificado o uso de influenciadores digitais como estratégia de comunicação, visando ampliar o alcance de suas políticas públicas e construir uma narrativa favorável, especialmente entre públicos diversos. Essa abordagem, já empregada por instituições como o Supremo Tribunal Federal e pelo Partido dos Trabalhadores, ganhou força no segundo semestre de 2025, com a contratação de criadores de conteúdo de estilos variados, muitos dos quais passaram a adotar posturas alinhadas à esquerda e críticas à direita.


Os investimentos em publicidade nas redes sociais, sobretudo nas plataformas do Meta (Facebook e Instagram), aumentaram substancialmente. Em setembro, o governo gastou R$ 8,4 milhões com anúncios políticos, valor 360% superior ao total dos dois meses anteriores. Esse crescimento provocou questionamentos da oposição, que solicitou à Secretaria de Comunicação (Secom) esclarecimentos sobre os critérios, valores e objetivos dos contratos. Até agora, a pasta não respondeu oficialmente.


Entre os influenciadores contratados estão perfis variados: alguns produzem conteúdo regional, de entretenimento ou cotidiano, como o publicitário PV Freitas e a atriz Isis Vieira, enquanto outros focam em análises políticas e econômicas com tom mais ideológico, embora nem sempre explícito. Muitos já manifestavam apoio ao governo antes das parcerias oficiais ou mantinham posturas críticas em relação à direita, reforçando uma convergência pré-existente entre suas narrativas e os objetivos governamentais.


Além das postagens patrocinadas, parte desses criadores de conteúdo também atua em iniciativas paralelas ligadas ao campo progressista, como o Instituto Conhecimento Liberta (ICL Notícias). Alguns participaram de eventos organizados pelo governo, como o "Desperta 2025", e de encontros promovidos em instituições federais, como a Usina de Itaipu, demonstrando uma integração simbólica e prática com a agenda oficial.

A aproximação entre poder público e influenciadores integra uma tendência mais ampla, observada também em ações do STF e do PT. Lauany Schultz, por exemplo, passou de conteúdo sobre feminismo e leitura para se tornar parceira do ICL, divulgando programas como o Luz para Todos e defendendo a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Carolline Sardá, por sua vez, foca em pautas feministas e progressistas e passou a promover iniciativas governamentais após ganhar visibilidade com críticas à direita. Laura Sabino, autodeclarada marxista, utiliza sua audiência para discutir política e economia com viés crítico ao conservadorismo e já esteve envolvida em eventos alinhados ao governo.

Thiago Foltran, Beatris Brantes e Martina Giovanetti também compõem esse grupo. Foltran já defendia causas de esquerda antes do vínculo oficial e passou a promover políticas específicas; Brantes, conhecida por humor e parcerias com marcas, também atua com instituições públicas e não esconde suas preferências políticas; já Martina produz análises internacionais com linguagem didática e, desde 2023, adota uma perspectiva favorável ao governo Lula em seus conteúdos. Juntos, esses perfis formam uma rede heterogênea, mas alinhada, que atua na disseminação de mensagens governamentais nas redes sociais.

Fonte: revistaoeste

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