Alta do IOF rende quase R$ 8 bi ao governo Lula, mas déficit persiste


Desde que elevou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em junho deste ano, o governo federal arrecadou quase R$ 8 bilhões a mais. Apesar desse incremento significativo — somado a outras fontes de receita —, as contas públicas permanecem deficitárias. Segundo projeções da Instituição Fiscal Independente (IFI), ainda faltam cerca de R$ 27 bilhões para que o Executivo cumpra a meta fiscal estabelecida para 2025 no último trimestre do ano.

Entre maio e setembro, a arrecadação com o IOF atingiu R$ 37,4 bilhões, um aumento real de R$ 7,7 bilhões (ou 26%) em comparação com o mesmo período do ano anterior, já ajustado pela inflação. Apenas em setembro, o valor arrecadado chegou a R$ 8,5 bilhões, o que representa um crescimento de R$ 2,1 bilhões (33%) frente a setembro de 2024, em termos reais. Os dados foram divulgados pela Receita Federal nesta quinta-feira (23/10).

Embora nem todo o crescimento tenha sido causado diretamente pelo reajuste nas alíquotas, a maior parte do desempenho positivo está ligada às mudanças promovidas pelo governo. Relatórios oficiais indicam que o avanço se deve, principalmente, a operações envolvendo saída de moeda estrangeira, crédito para empresas e negociações com títulos e valores mobiliários — todas impactadas por alterações legislativas recentes.

A elevação das alíquotas, anunciada em 23 de junho, passou por um percurso conturbado. Pouco mais de um mês depois, em 25 de junho, o Congresso Nacional anulou o aumento por meio de um Projeto de Decreto Legislativo. Contudo, em 16 de julho, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, acatou um pedido do governo e restabeleceu a medida, com a exceção da nova cobrança sobre operações de risco sacado, que permaneceu suspensa.

Fonte: radiopoty

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