O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela trama golpista. O placar de 3 a 1 foi alcançado com o voto da ministra Cármen Lúcia, nesta quinta-feira (11/09).
Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar, está sendo julgado junto a outros sete réus, apontados como os principais integrantes da suposta organização que tentou executar o golpe. A sentença final deve ser divulgada até sexta-feira (12/09).
A condenação de Bolsonaro repercutiu na imprensa internacional.
- Reuters: destacou que Bolsonaro é o primeiro ex-presidente condenado por atentado à democracia.
- The Guardian: disse que ele pode pegar décadas de prisão por liderar a conspiração.
- Washington Post: afirmou que defesa do ex-presidente vai recorrer.
- Wall Street Journal: afirmou que a condenação deve inflamar a disputa entre Trump e Lula.
- Bloomberg: ressaltou que Bolsonaro acusa o STF de perseguição política.
- The Economist: lembrou fala de 2022 e disse que o julgamento mostrou que "ele estava errado".
- El País: avaliou que o Brasil deu um passo importante contra a impunidade.
- BBC: explicou que o plano golpista culminou nos ataques de 8 de janeiro de 2023.
- Clarín: afirmou que o ex-presidente pode pegar até 40 anos de prisão.
"A decisão presumida pela maioria de um painel de cinco ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) faz de Bolsonaro o primeiro ex-presidente na história do país a ser condenado por atentado à democracia", diz a reportagem.
"Ao dar seu voto decisivo, Rocha [Cármen Lúcia] denunciou o que chamou de tentativa de 'semear a semente maligna da antidemocracia' no Brasil, mas comemorou como as instituições do país sobreviveram e estão reagindo", afirma o texto.
O jornal britânico destacou o voto divergente do ministro Luiz Fux, que absolveu Bolsonaro por não enxergar provas de sua participação em um complô golpista.
"Seus advogados disseram que apelarão do veredito ao pleno da Suprema Corte, composto por 11 juízes. Bolsonaro, que negou qualquer irregularidade, não compareceu ao tribunal e enviou apenas seus advogados", diz o texto.
"O julgamento sela a queda dramática de Bolsonaro e seus aliados de direita, que chegaram à vitória em 2018 prometendo impor a lei e a ordem em um país assolado pela corrupção, crime e caos político."
A reportagem lembra que Trump impôs tarifas de 50% ao Brasil, alegando uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro, e que o governo brasileiro se prepara para uma possível reação negativa da Casa Branca.
"Ao final do julgamento, a defesa de Bolsonaro poderá apresentar embargos de declaração à mesma turma, caso considere que a decisão contém omissões, contradições, ambiguidades ou erros de grafia", diz a reportagem.
A Bloomberg mencionou um projeto de lei de anistia para proteger Bolsonaro, que pode ser votado no Congresso Nacional. Embora a Câmara tenha sinalizado apoio, o Senado demonstra pouca disposição para aprovar a medida.
"A condenação é histórica. O Brasil sofreu inúmeros golpes desde sua independência em 1822. O mais recente inaugurou uma ditadura militar que governou de 1964 a 1985 e matou centenas de pessoas."
"Apesar da forte pressão de Donald Trump nos Estados Unidos, o julgamento continuou. O tribunal brasileiro pretende decidir as sentenças nesta sexta-feira", afirma a reportagem.
O El País destacou que o julgamento é o mais significativo do Brasil nos últimos anos e ressaltou que o voto decisivo foi dado por Cármen Lúcia, a única mulher no STF.
A BBC explicou que a maioria para a condenação de Bolsonaro foi formada após três dos cinco ministros da Primeira Turma do STF o considerarem culpado de liderar uma conspiração para permanecer no poder após as eleições de 2022.
A BBC destacou que, até o momento, houve apenas um voto divergente na Corte sobre a trama golpista.
"A sentença foi decidida pelo voto de cinco juízes: dois já haviam decidido pela condenação, e um terceiro, Luiz Fux, optou pela absolvição e alertou contra um julgamento 'político' de Bolsonaro."
O Clarín acrescentou que Bolsonaro está em prisão domiciliar desde agosto e optou por não comparecer às sessões do julgamento alegando problemas de saúde.
Fonte: G1

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