Dois adolescentes, de 16 e 17 anos, morreram e outras três pessoas foram baleadas em um tiroteio no Colégio Estadual Luís Felipe, em Sobral (CE), na manhã de quinta-feira (25/09). Os disparos foram feitos da rua em direção ao estacionamento da escola, durante o intervalo das aulas. A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) confirmou o ataque, mas as vítimas ainda não foram formalmente identificadas.
Com uma das vítimas, a polícia encontrou drogas, balança de precisão e embalagens. As vítimas feridas foram socorridas pelo Samu, incluindo pessoas que passaram mal com o ocorrido. Um dos baleados está em estado grave. A motivação do crime ainda está sob investigação, mas fontes da Segurança Pública apontam como mais provável que tenha sido uma ação de grupo criminoso.
Equipes da Polícia Militar, Polícia Civil e Perícia Forense (Pefoce) atuam no local. O caso é investigado pela 1ª Delegacia de Polícia Civil de Sobral, com apoio do DPJI-Norte. A SSPDS afirmou que todos os esforços estão sendo empregados para localizar e prender os responsáveis.
A Secretaria da Educação do Estado (Seduc) lamentou o ocorrido e suspendeu as aulas na unidade na quinta e sexta-feira (26/09). A pasta informou que a comunidade escolar contará com apoio psicológico no retorno às atividades e reforçou seu compromisso com a segurança física e emocional dos estudantes.
O governador Elmano de Freitas (PT) manifestou indignação e pesar, anunciou o envio da cúpula da Segurança Pública a Sobral e determinou reforço policial na região para capturar os criminosos. O prefeito Oscar Rodrigues relatou ter acionado imediatamente o governador, o ministro da Educação e o deputado federal Moses Rodrigues, que se colocaram à disposição para apoiar o município.
O Ministério Público do Ceará (MPCE) esteve na escola para acompanhar as investigações e prestar apoio às vítimas por meio do Núcleo de Acolhimento às Vítimas de Violência (Nuavv). O promotor José Borges de Morais afirmou que haverá uma “resposta estatal forte contra o crime”, e o procurador-geral de Justiça, Haley Carvalho, designou o Gaeco para auxiliar nas apurações.
