Ramiro Gonzaga Barros, de 36 anos, foi identificado pela Polícia Civil como o "maior predador sexual do Rio Grande do Sul". De acordo com investigações, ele abusou de pelo menos 700 vítimas ao longo de mais de uma década, mantendo uma fachada de respeitabilidade para ocultar seus crimes.
Segundo o delegado Valeriano Garcia Neto, Ramiro usava disfarces como empresário, professor e filantropo em Taquara, na Região Metropolitana de Porto Alegre, para se aproximar de crianças e adolescentes. Entre 2009 e janeiro de 2025, ele oferecia aulas gratuitas e mantinha uma loja de animais exóticos que recebia visitas escolares — ambientes usados para atrair e manipular vítimas.
Ele vivia com a família, que, segundo a investigação, não tinha conhecimento de seus crimes e também foi enganada pela imagem pública que ele construiu ao longo dos anos.
O caso veio à tona em janeiro de 2025, após uma menina de 9 anos relatar à mãe que sofria assédio e chantagem. A denúncia desencadeou a investigação que resultou na prisão de Ramiro.
Durante a operação, foram apreendidos mais de 750 arquivos de pornografia infantil, organizados em pastas com os nomes das vítimas. Até o momento, ele já foi indiciado em oito inquéritos distintos, cada um referente a uma vítima diferente.
