Na segunda-feira (25), sete policiais militares do Ceará vão a júri popular por envolvimento na Chacina do Curió, que completa dez anos em 2025. Eles fazem parte do chamado “Núcleo da Omissão”, acusado de não impedir a morte de 11 pessoas — em sua maioria jovens — na Grande Messejana, em Fortaleza, durante a noite de 11 para a madrugada de 12 de novembro de 2015, em retaliação à morte de um policial.
Os réus respondem por homicídios duplamente qualificados, tentativas de homicídio e tortura física e psicológica. Embora não tenham disparado, o Ministério Público do Ceará (MPCE) os considera responsáveis por omissão, já que estavam de serviço e tinham o dever legal de agir.
Este será o quarto julgamento relacionado ao caso, realizado no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza. A investigação que levou às denúncias analisou vídeos, escutas telefônicas, mensagens e dados de GPS, resultando na acusação de 45 policiais.
A Chacina do Curió se tornou um dos maiores símbolos da violência policial no Ceará. Os julgamentos são acompanhados por familiares das vítimas e entidades de direitos humanos, que reforçam o clamor por justiça quase dez anos após os crimes.




