A derrota do governo Lula na eleição para a presidência da CPMI do INSS surpreendeu o Palácio do Planalto e revelou falhas na articulação política, admitidas por ministros e líderes da base. O governo subestimou a oposição, negligenciou o tema e confiou demais em um suposto acordo entre os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), com partidos de centro, que normalmente costuma prevalecer nessas definições.
O governo Lula reconheceu falhas na articulação política após a derrota na eleição para a presidência e relatoria da CPMI do INSS, perdendo para a oposição com a vitória de Carlos Viana (Podemos-MG) e a indicação de Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), de perfil bolsonarista, como relator. A ministra Gleisi Hoffmann admitiu erro na mobilização da base, enquanto o líder Randolfe Rodrigues assumiu parte da culpa. Aliados de Lula chamaram o episódio de “cochilo geral” e citaram uma “rasteira” do União Brasil, que descumpriu acordo ao apoiar um nome alinhado à oposição. A ausência de parlamentares da base, como do MDB e PDT, e a presença de suplentes do PL agravaram o cenário. Apesar de manter maioria apertada na comissão, o governo teme convocações incômodas, como a de Frei Chico, irmão do presidente, que, embora não investigado, poderia causar desgaste político.
Fonte: G1


