Empresa suspeita de falsificar remédio caro contra câncer é interditada em Fortaleza


Em operação conjunta, a Agefis e a Anvisa apreenderam, no bairro Joaquim Távora, em Fortaleza, lotes de medicamentos falsificados e sem registro no Brasil.

A Agefis informou que a operação mirou uma rede suspeita de distribuir e vender versões falsificadas do Keytruda, imunoterápico caro usado contra vários tipos de câncer. A ação teve apoio da Sesa, GMF e Polícia Civil.


Foram apreendidos, além do Keytruda falsificado, medicamentos sem registro na Anvisa, vencidos e mal armazenados.


A empresa foi interditada até o fim das investigações. Segundo a Anvisa, o objetivo é desarticular a rede que distribuía remédios falsificados para hospitais e clínicas, o que pode comprometer tratamentos e causar efeitos adversos.


Como foi a operação?

Em junho, a Anvisa recebeu denúncia de um hospital de Palmas (TO) sobre irregularidades em um lote de medicamento, como falta de dados de lote e validade na nota fiscal, falhas no transporte e embalagens diferentes das originais.
Conforme a Agefis, a distribuidora não respondeu às solicitações do órgão e teve a comercialização suspensa. A detentora do registro no Brasil, Merck Sharp & Dohme, informou, segundo a Agefis, não reconhecer o lote, que apresentava rótulo em inglês e selo falsificado.


Na quarta-feira (13/08), em Fortaleza, Agefis, Anvisa e outros órgãos tentaram fiscalizar a empresa, mas foram impedidos por um funcionário; diante da obstrução, o local foi interditado.

Com apoio policial, a Agefis levou um funcionário à Polícia Civil para depor. O acesso à distribuidora ocorreu mediante mandado judicial cumprido às 5h40 de sexta-feira (15/08).


Segundo registrado pela Anvisa, no local, os fiscais encontraram diversas caixas de medicamentos sem registro no Brasil, com rotulagem em inglês, incluindo caixas do medicamento Keytruda, "o que levanta suspeitas de falsificação internacional".


O caso foi encaminhado ao Draco da Polícia Civil para abertura de inquérito. A falsificação de medicamentos é crime hediondo, com pena de 10 a 15 anos de prisão.

Fonte: DN

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