O Ministério Público do Ceará (MPCE) denunciou quatro homens, incluindo o advogado Lucas Arruda Rolim, pela morte do também advogado criminalista Sílvio Vieira da Silva, ocorrida em maio deste ano. A acusação é de homicídio quadruplamente qualificado, com agravantes como motivo torpe, meio cruel, dificuldade de defesa da vítima e uso de arma de fogo de uso restrito.
Segundo a denúncia, apresentada pelo Gaeco e pela 4ª Promotoria do Júri de Fortaleza, Lucas teria atraído a vítima ao local do crime, no bairro Genibaú, onde Sílvio foi executado. A defesa de Lucas nega o envolvimento, e os advogados dele ainda não se pronunciaram.
Em 2019, Lucas já havia sido citado em investigações como membro do Comando Vermelho, sendo preso duas vezes naquele ano.
O advogado Sílvio Vieira da Silva foi assassinado em 5 de maio, e os criminosos tentaram simular um latrocínio, levando seus pertences como celulares e notebook. Segundo o Ministério Público do Ceará (MPCE), o crime foi encomendado por um chefe de facção criminosa insatisfeito com a atuação profissional de Sílvio em um inquérito.
O MPCE afirma que o assassinato teve como objetivo intimidar profissionais do sistema de justiça, violando o Estado Democrático de Direito e prejudicando o livre exercício da advocacia. O caso tramita sob segredo de justiça.
Em junho, três suspeitos foram presos: Pedro Guilherme Bandeira Lourenço ("Lourim") e Francisco Robert Teixeira de Mesquita ("Itapagé"), apontados como executores. Francisco era foragido da Justiça, tendo rompido ilegalmente sua tornozeleira eletrônica.