1º soco, 2º soco, 3º soco, 4º soco, 5º soco, 6º soco, 7º soco, 8º soco, 9º soco, 10º soco, 11º soco, 12º soco, 13º soco, 14º soco, 15º soco, 16º soco, 17º soco, 18º soco, 19º soco, 20º soco, 21º soco, 22º soco, 23º soco, 24º soco, 25º soco, 26º soco, 27º soco, 28º soco, 29º soco, 30º soco, 31º soco, 32º soco, 33º soco, 34º soco, 35º soco, 36º soco, 37º soco, 38º soco, 39º soco, 40º soco, 41º soco, 42º soco, 43º soco, 44º soco, 45º soco, 46º soco, 47º soco, 48º soco, 49º soco, 50º soco, 51º soco, 52º soco, 53º soco, 54º soco, 55º soco, 56º soco, 57º soco, 58º soco, 59º soco, 60º soco, 61º soco.
Como psicóloga clínica afirmo categoricamente que a utilização destes diagnósticos como justificativa para sua violência, além de ofensiva, é tecnicamente insustentável.
Igor Cabral alegou sofrer de “surto claustrofóbico” e estar no espectro autista para tentar justificar os 61 socos que desferiu em Juliana dos Santos dentro de um elevador. No entanto, especialistas afirmam que sua agressão foi deliberada, coordenada e focada — sem qualquer indício de descontrole emocional, tremores ou tentativa de fuga, como ocorre em casos reais de claustrofobia. Além disso, o autismo não tem como traço característico atos violentos organizados e direcionados.
A tentativa de Igor de transformar sua violência em sintoma é tecnicamente insustentável e ofensiva, tanto à ciência quanto à comunidade autista. Ele tenta psicopatologizar um ato de covardia, usando diagnósticos psiquiátricos como estratégia jurídica. A agressão foi consciente e premeditada, e não fruto de um transtorno. Por isso, o que Igor precisa não é de tratamento clínico, mas de condenação.
Este texto reflete, exclusivamente, a opinião da autora