General Augusto Heleno ajudou Bolsonaro na construção e no direcionamento de mensagens difundidas contra eleições

 O procurador-geral da República ainda disse que Heleno preparou toda essa narrativa de pronunciamentos públicos, além de ter concordado com espionagens ilegais baseadas em interesses particulares do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O general Augusto Heleno auxiliou diretamente Jair Bolsonaro na construção e no direcionamento de mensagens que passaram a ser difundidas em larga escala contra o processo eleitoral, diz a Procuradoria-Geral da República. O procurador-geral da República ainda disse que Heleno preparou toda essa narrativa de pronunciamentos públicos, além de ter concordado com espionagens ilegais baseadas em interesses particulares do ex-presidente Jair Bolsonaro. Diz inclusive que após as eleições, Augusto Heleno continuou integrando a cúpula da organização criminosa em prol de um golpe armado de Estado.


Lembrando que Heleno era muito próximo do então presidente Jair Bolsonaro, pois era o ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional. O procurador Paulo Gonet diz que os documentos apreendidos na casa dele chamam a atenção porque tem várias anotações sobre esse planejamento prévio da organização criminosa, como por exemplo, abre aspas, estabelecer um discurso sobre urnas eletrônicas e votações. Era uma das ações que seriam implementadas pelo governo.


Gonet também cita uma proposição feita por Heleno para usar a AGU, que é a Advocacia Geral da União, para garantir o descumprimento de decisões judiciais. Heleno inclusive chegou a confessar alguns desses pontos em depoimento e Gonet disse ser chocante que ele trate isso com naturalidade, como se fosse algo minimamente aceitável. Gonet também cita que Augusto Heleno tinha plena ciência da chamada Abin Paralela, inclusive acompanhava as atividades dessa célula de contrainteligência, que, vamos lembrar, buscava acompanhar e espionar e investigar autoridades públicas que eram conhecidas contrárias ou adversárias de Jair Bolsonaro e Gonet também cita que, pós eleição, já estava determinado ou descrito que Augusto Heleno seria um chefe de um gabinete extraordinário que assessoraria o novo governo de Bolsonaro já em dezembro, ou seja, depois da vitória de Lula, ele assessoraria um novo governo ilegítimo.



E aí cita várias frases que Heleno deu ao longo desses anos, principalmente ali na CPMI dos atos de 8 de janeiro, já em 2023, Augusto Heleno chegou a falar o seguinte, abre aspas, ladrão não sobe à rampa, o que para Paulo Gonet reforça aquela tentativa de ruptura de ordem democrática, dizendo que ele tinha pleno domínio sobre essas ações ilícitas do grupo e garantiu esforços para impedir a transição de tomada de poder. No outro momento, numa reunião ministerial, abre aspas, Heleno falou o seguinte, não vai ter revisão do VAR, o que tiver que ser feito tem que ser feito antes das eleições, se tiver que dar suco na mesa é antes das eleições, fecha aspas, portanto, Gonet trazendo várias falas que até repercutiram bastante na época de Augusto Heleno para comprovar que ele sempre esteve desde o início nesse intento dessa trama golpista e em busca do tal golpe de Estado e, portanto, ele também, nas palavras de Gonet, merece ser condenado pelos cinco crimes.

Fonte: cbn

 
Postagem Anterior Próxima Postagem