A primeira rodada de reuniões do comitê terá encontros com representantes da indústria e do setor do agronegócio.
"Eu não vejo nenhum problema que haja reunião, enfim, vejo nenhum problema nisso. É importante destacar que nós já víamos fazendo um diálogo. Eu estive, através de videoconferência, com o Howard Lutnick e com o embaixador Greer. Depois, as conversas continuaram. Aí, no dia 16 de maio, foi encaminhada, até em caráter confidencial, uma proposta para os Estados Unidos."
O vice-presidente negou que o governo brasileiro pretenda solicitar um prazo adicional para a entrada em vigor das tarifas, como chegou a ser cogitado pela manhã. Também descartou, por enquanto, qualquer discussão sobre a possibilidade de aplicar percentuais menores, como 25% ou 30%, às exportações brasileiras. Paralelamente, o presidente Lula assinou o decreto da lei de reciprocidade, tema sobre o qual o ministro da Casa Civil, Rui Costa, também se manifestou.
"Autoriza o Executivo a adotar medidas de proteção do país quando medidas extemporâneas e extraordinárias foram adotadas de forma unilateral por outros países do Brasil. E, por isso, a denominação reciprocidade pode responder em um formato também rápido se outro país fizer medidas semelhantes a essas que foram anunciadas pelos Estados Unidos."
Para Rui Costa, o decreto de reciprocidade cria um arcabouço legal para que o Brasil possa reagir a medidas semelhantes às adotadas pelos Estados Unidos. Antes, não havia uma legislação específica para esse tipo de retaliação, as respostas eram encaminhadas à Organização Mundial do Comércio (OMC) ou executadas diretamente, o que frequentemente gerava impasses diplomáticos.
O decreto, segundo o governo, será publicado ainda nesta segunda-feira (14) em edição extra do Diário Oficial ou, no mais tardar, na edição de terça-feira (15).
Fonte: cbn